Thursday, May 25, 2006

1. A posição do problema: Filosofia, uma palavra comum

A palavra “filosofia” é muito antiga e popular. Sua etimologia não nos importa muito nesse momento, pois falar em “amor ao saber” só faz algum sentido em contextos complexos. Precisamos, no caso dessa disciplina, de um ponto de partida que faça justiça ao fato dela ser uma expressão comum em nosso cotidiano.
Vamos começar considerando-a uma palavra comum, usada por pessoas que não tem preocupação com um significado muito preciso quando a usam. Afinal, esse também é o ponto de partida, o chão lingüístico onde está situado o nosso aluno de segundo grau, que muitas vezes já terá lido e ouvido e usado essa palavra, fora da sala de aula. Ele conhece a expressão porque a lê em um párachoque de caminhão, em um anúncio de revista, ou a ouve no comentário do jornalista no rádio, que critica a filosofia retranqueira do treinador de seu time favorito. O fato de ser uma palavra comum não quer dizer, no entanto, que ela não tenha um significado plenamente compreensível nessas situações populares e cotidianas em que é usada. Em todas elas, a expressão “filosofia” significa algo como estilo de vida, jeito de levar as coisas, princípios que norteiam a vida de uma empresa ou instituição, incluindo treinadores e times de futebol.
Em 1996, na véspera da copa do mundo, Joel Santana assim comentava a fase da seleção brasileira: “A seleção está passando por um bom momento, por uma grande safra. O Zagalo realmente está mudando a filosofia dele, porque carregava uma cruz de retranqueiro, mas ganhou a maioria dos títulos que disputou.”

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